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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pragmático, PT perde fundadores ao ganhar poder

Ao nos remeter a um passado recente do Brasil, temos que ter certo discernimento em olhar hoje para este mesmo Brasil, na década de 80 os movimentos sociais lutava por espaços, saíram às ruas na luta por nossos direitos, pela liberdade de expressão, pelas garantias de trabalho, de salários e direitos trabalhistas. Alcançaram grandes conquistas culminando com uma Constituição Cidadã que garante os princípios de cidadania fundamentais ao ser humano. São bandeiras de luta das comunidades as queixas e as críticas aos seus governantes, por estas mesmas comunidades não conhecerem ainda hoje as instancias legal de atuação para conquistarem seus direitos. São os conselhos em suas varias modalidades na esfera federal, estadual e municipal, organizadas e legalizadas de atuação do povo para implantar melhorias para a comunidade. Estes conselhos com funções fiscalizadoras, deliberativas, consultivas que através de sua organização, força e poder legal é que reivindicam, fiscalizam e fazem os governantes ouvirem a voz do povo, não se devem calar os movimentos sociais a voz do povo por serem estese que fazem coro as reivindicações contra as grandes corrupções do governo, como desvios de dinheiro público, contra as crises dentro senado, aumento de salário dos deputados, contra uma proposta vergonhosa para o salário mínimo. Cansados dos desmandos de uma ditadura financiada pelas elites este povo tomou às ruas na década de 80 forçando eleições diretas, reforma agrária e tantos outros direitos alvitrados durante décadas. Luta pela redemocratização, liberdade de expressão, vão se consolidando e as lutas passam a ser discutidas em intermináveis seminários e congresso acabando em acordos puramente burocráticos de cavalheiros em seus ternos bancados por este povo, rodeados de lobistas e assessores ávidos do dinheiro publico. Porque não cogitar se não é este o momento de haver mudanças novamente, Talvez seja esta a hora de tomar as ruas, de pintar a cara, de se envolver em bandeiras. E bradar em alto e bom som pela ética na política, o fim da impunidade destes políticos, por garantia de que o petróleo é brasileiro e deve ser explorado pelo povo brasileiro garantindo educação, saúde, habitação e um salário digno a este povo, bradar em defesa do meio ambiente, das aguas, dos recursos naturais vitais a sobrevivência da vida no planeta. Exemplo são muitos e está ai para avaliarmos a queda do governo no Egito, a crise financeira nos Estados Unidos, a questão da previdência social na França, é o povo respondendo aos políticos demagogos e governos antissociais, e aqui começamos a ver em nossa politica atitudes e ações que logo ali vai despertar no povo a vontade de mudanças desta forma de governar e de promessas eleitoreiras que logo ali são esquecidas, tornando-se benesses e vantagens para 513 Deputados e 81 Senadores pensem nisso senhores.
"Nada vai bem em um governo cujas palavras contradizem os fatos", dizia Napoleão Bonaparte.
Ademir A. de Oliveira - Membro do Conselho Municipal do Idoso, Conselho Municipal da Alimentação Escolar, Membro da Comissão Nacional  CAE, 1º secretário da União das Assosiações de Moradores de Canoas - UAMCA.

 TRANSCRITO - de O Estado de S. Paulo por João Domingos
BRASÍLIA - Militantes históricos deixaram partido ao bater de frente com Lula ou criticar decisões como alianças com partidos de centro-direita. Com um pragmatismo de quem tem planos de ficarem muitos anos no poder, o PT completou 31 anos muito diferentes do partido fundado pela união de uma elite sindical a intelectuais e religiosos. O PT notabilizou-se pela frieza política e não teve nenhum escrúpulo em descartar o militante histórico quando este se tornou um incômodo. De 1980 até hoje, tombaram fundadores como o sociológico Chico de Oliveira e o jurista Hélio Bicudo, o ex-governador e ex-ministro Cristovam Buarque (DF), as ex-senadoras Heloisa Helena (AL) e Marina Silva (AC), os ex-deputados Fernando Gabeira (RJ) e João Batista Araújo, o Babá (PA), além dos deputados Ivan Valente (SP) e Paulo Rubem Santiago (PE), entre dezenas. Uns como Oliveira e Bicudo saíram por incompatibilidade com o mais forte nome petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; outros, como Heloísa Helena e Babá, foram expulsos por não terem votado a reforma da Previdência. Cristovam, Marina e Gabeira saíram por terem sido marginalizados dentro do PT, quando suas opiniões já não interessavam mais. Diferenças. "Hoje o PT é um partido pragmático, com experiência na condução do País, com experiência de governos estaduais e municipais, de atuação no Congresso, de força administrativa", diz o presidente do partido, José Eduardo Dutra. "Isso levou a uma diferença enorme no jeito de ser e de atuar como partido, da época em que foi fundado, em que vivíamos uma ditadura militar, até agora. O mundo mudou, o Brasil mudou." Para chegar aos 31 anos em pleno vigor político, o PT ousou mais do que muitos pensariam que conseguisse. Depois de descartar companheiros de primeira hora que desconfiavam das mudanças, buscou novos aliados em oligarquias, como a do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e onde parecia impossível, a exemplo do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL), o primeiro a derrotar Lula em uma campanha presidencial, usando para isso métodos como o depoimento de Miriam Cordeiro, uma ex-namorada de Lula, com o qual teve a filha Lurian. Alianças. Do esquerdismo puro e simples - que Lênin chamou de "doença infantil do comunismo" - da época do nascimento à maturidade política, o PT foi se transformando de forma a se tornar viável politicamente. Só conseguiu eleger Lula presidente na quarta tentativa, agora em aliança com o extinto PL, tendo como candidato a vice um grande empresário, José Alencar. Mesmo assim, por ordem de Lula, o PT não se aliou com o PMDB nos dois primeiros anos de governo. Foi preciso enfrentar pequenas crises em 2004 para que os peemedebistas fossem chamados. E uma grande crise, a do mensalão, em 2005, quando as cúpulas do PT e dos partidos aliados caíram, para que mais espaço fosse cedido ao PMDB, resultando numa sólida aliança no segundo governo de Lula, e na composição da chapa da hoje presidente Dilma Rousseff. De 2006, quando Lula foi reeleito, até agora, o PT abriu seu leque de alianças à esquerda e à direita. Assegurou a companhia de velhos aliados, como o PSB e o PC do B, e de legendas de centro-direita, como o PR, o PTB e o PP. Como uma aliança nestas circunstâncias não pode ser ideológica, ela foi fechada à base da fisiologia e da concessão de espaço político nos ministérios. Essa estratégia atingiu a imagem de partido ético, mas tem dado resultados práticos. A base de apoio do governo no Congresso chega a ser desproporcional. No Senado, podem ser considerados do arco do governo 62 dos 81 senadores; na Câmara, 405 dos 513 deputados fazem parte da base de apoio a Dilma.

Um comentário:

  1. E, somos um bando, , e, muitos mais, que ao longo do tempo percebemos, com desencanto, que o PT, vem rapidamente se tornando um partido da ordem burguesa, cada vez mais distante do seu propósito inicial, um partido de mudanças, de transformação da sociedade.

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