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terça-feira, 22 de março de 2011

Infantilização e estigmas da velhice


Na próxima quinzena do mês de abril teremos aqui no município de Canoas a Conferência Municipal do Idoso onde serão discutidos temas por eixos de extrema relevância em relação ao direito e proteção desses passando por saúde, segurança, direitos e deveres da família, das ILPIs, o papel do ministério público e poder publico, bem como a constituição do fundo municipal do idoso, pois, ainda nos chama a atenção à forma com que é tratado este publico tanto pela sociedade quanto pelo poder público, o descaso, a infantilização, menosprezam e desrespeitam o idoso no mínimos direitos deste a falta de acessibilidade nas vias públicas, no transporte coletivo, na saúde entre outros, esquecem estes que foram muitos desses idosos que construíram com o desenvolvimento dos municípios com seu trabalho e impostos, em outras sociedades o idoso e venerado por sua bagagem de vida e experiência profissional nós ainda achamos que o nosso idoso é descartável temos que mudar este conceito, pois povo que não valoriza o passado não galgara o futuro.
Ademir A. de Oliveira – Membro do Conselho Municipal do Idoso.
Matéria transcrita do Blog da Fritid – Federação Riograndense da Terceira Idade
A infantilização da população idosa, incentivada pela mídia, sociedade e governo, é mais um dos estigmas desse segmento que deve ser erradicada. Na mídia, as pessoas mais velhas quando ocupam papéis televisivos, aparecem de forma quase caricatural, com encenações de "caduquice"; em novelas são colocados quase sempre à margem da trama, apenas como figurantes. Nos programas públicos do governo os projetos ainda enfatizam bailões, lazer e concursos de beleza e viagens como o melhor para esse segmento. Tais programas não consideram outras reais necessidades como a atenção à saúde, renda, educação, habitação. Durante o 17° Congresso de Geriatria e Gerontologia, que aconteceu em 2010, em Belo Horizonte, os participantes defenderam o fim da infantilização e estigmatização da terceira idade, prática que minimiza as verdadeiras necessidades dessa população. A constatação da condição de discriminação, do isolamento da sociedade para com o idoso e da forma de encarar a velhice como decadência, doença e peso social, remete à urgência de rever essa cegueira política em relação a esta fase da vida. A criação de novos conceitos e a importância de engajar o idoso através de sua sabedoria demanda um amplo debate com a sociedade, mas principalmente sua conscientização de sua ampla responsabilidade pelo seu próprio envelhecimento, da importância de lutarem por um espaço nesta sociedade, onde a valorização está no avanço tecnológico e no jovem. O estado precisa rever urgentemente a sua postura com esses ex-jovens participativos na engrenagem social. Para esse a velhice ainda é associada à decadência, ás doenças e às filas no INSS. São necessárias mudanças estruturais na política governamental tanto no que diz respeito à assistência médica quanto na previdência. Também haverá necessidade de novos conceitos quanto à velhice, pois só esses ancorados na moderna ciência do envelhecimento ajudarão a construir condições socioculturais favoráveis a uma boa velhice. Felizmente, já é possível identificar um movimento expressivo e crescente dos próprios idosos, que não aceitam esta relação de total abandono e consequentemente não a contemplam passivamente. Com mais energia e disposição participam de pequenos grupos, de entidades como a Fritid, da comunidade, levando à sociedade a rever conceitos equivocados como a infantilização das pessoas idosas.

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