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sábado, 26 de março de 2011

Carnaval, folia e mídia corporal impacto e influência sobre a sociedade

Realmente a mídia influencia na vida das pessoas, novelas, são exemplos, desta força determinam as tendências na moda. Em uma novela, alguém usa uma combinação fora dos padrões, verde-limão com lilás por certo será eleita como brega, as pessoas no outro dia já a usam. Cortes de cabelo da atriz ou ator em evidência na novela são copiados por muitos. E quanto a musica, os jargões e por ai vai. Além de tudo, a mídia tem a função de informar, é o principal papel dos meios de comunicação. Diariamente, sabemos de todos os principais acontecimentos mundiais. Seja de nossa cidade, país ou do Japão. Aliás, é mais provável que saibamos mais rapidamente sobre o que esta acontecendo no Japão ou na Líbia do que com o nosso país. Um exemplo deste poder foi à visita do Presidente Obama ao Brasil a mídia só falou neste assunto deixando de lado o restante. Outro fato ocorreu durante o carnaval deste ano a mídia visual apresentou mais uma interessante forma de levar ao consumidor as marcas de anunciantes com um visual no mínimo atrativo, modelos femininos desfilaram em cima de trios elétricos na Bahia como seus corpos pintados com a logo marca de anunciantes, uma nova forma de propaganda de impor uma marca, uma idéia em um evento que mescla musica dança e certo erotismo, afinal atrás de um trio elétrico vai milhares de foliões afoitos em consumirem. A pintura no corpo da dançarina fazia propaganda de uma rede de lojas de roupas, o bloco Fissura/Pinel levou para o circuito Barra - Ondina, também em Salvador, uma dançarina nua, apenas com o anúncio de uma ótica pintado nos seios. Em São Paulo, a atriz pornô Márcia Imperator circulou seminua no camarote do Bar Brahma, no Sambódromo do Anhembi. Este texto serve para dar uma pincelada na questão da influência da mídia em nossa sociedade.
A mídia vem se configurando como uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões, saberes, normas, valores e subjetividades. Utilizando-se de manobras estratégicas, a mídia, na maioria das vezes, não dialoga, mas sim uni e direciona sua mensagem para o interlocutor, fazendo com que um grande contingente de pessoas aviste o mundo por suas lentes, seus vieses. A sociedade contemporânea configura-se por meio de identidades fluidas, e relações líquidas e cultura narcísica, de exaltação gloriosa do eu, abafando qualquer noção de alteridade. Segundo Debord (1997, p.16) “o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda a vida humana- isto é, social- como simples aparência”. O espetáculo seria, portanto, a produção impar da sociedade atual, em que as pessoas apreciam a aparência em lugar do ser, à ilusão à realidade. “Sob todas as suas formas particulares – informação ou propaganda, publicidade ou consumo direto de divertimentos -, o espetáculo constitui o modelo atual da vida dominante na sociedade” (DEBORD, 1997, p.14).  Ao fazermos uma análise da produção jornalística e midiática atual e da maneira como ela interfere nas relações sociais é determinante ter em mente noções apresentadas por Marx e muito discutidas por Bakhtin/Volshinov - 1999. A superestrutura e a infraestrutura são conceitos hoje considerados básicos para os estudos da linguagem midiática, por conseqüência, da mídia visual, jornalística, televisiva, radiofônica, etc. O que temos que discutir é o poder destas mídias e sua constituição em uma sociedade essencialmente gerida pela intervenção desta, para isso é necessário a esclarecer que esta discussão tem de ser norteadas por conceitos trazidos à cena como os de Bakhtin. Segundo ele, a infra-estrutura estaria localizada na base da sociedade, envolvendo informações, fatos e desdobramentos essenciais para a constituição social da comunidade. A superestrutura englobaria os reflexos acarretados pelas mudanças na infra-estrutura. Parte desta superestrutura seria, por exemplo, o Estado, a ideologia social, a educação, a política, a mídia, entre outros elementos. Com esta perspectiva temos, portanto, alocados diretamente nesta análise, pelo menos três elementos que constituem a superestrutura e, conseqüentemente, determinantes para as relações sociais: a ideologia social, a política e a mídia. Resumindo: podemos considerar a mídia como uma das coisas mais poderosas existentes atualmente, capaz de transformar a vida de qualquer pessoa ou sociedade, porem como não nos tornarmos simplesmente autômatos a serviço desta ferramenta poderosa.

Ademir A. de Oliveira - Diretor de Projetos da Associação Cultural de Canoas/RS

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