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domingo, 10 de abril de 2011

Realengo, expõem Estado Ausente e Inoperante


A motivação do massacre não é conhecida ao certo. Cogita-se a hipótese de que o assassino possuía traços de psicopatia. Sua carta de suicídio e sua página pessoal no site de relacionamento Orkut continham temas religiosos e passagens de livros da Bíblia Sagrada, como Ezequiel e Eclesiastes. O jornal Clarín, por exemplo, afirmou que o autor a concluía com pedidos de um "típico fiel católico", ao escrever que precisava da "visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez" e ao citar a segunda vinda de Cristo, embora outras correntes religiosas também acreditem na Parusia. Na tarde do dia da tragédia, a mídia nacional veiculou que sua irmã adotiva disse que ele era ligado ao islamismo, não saía de casa e "vivia na Internet". Entre outras especulações, está a de que o atirador havia sofrido bullying quando estudava na escola. Essa hipótese abre a oportunidade de opinião de que foi uma "tragédia importada" por não ser novidade em outros países, como Estados Unidos, Argentina, Rússia e China, mas muito rara no Brasil. Somando a motivação de caráter religioso com a de mau tratamento durante os tempos de escola, um amigo próximo de Wellington afirmou que ele "sofria bullying, era viciado em jogos violentos e em ataques terroristas". O colega disse que o apelido de Wellington na adolescência era "Al Qaeda", em referência à organização fundamentalista islâmica, apontada como autora de diversos atentados. Ainda segundo o colega, Wellington era reservado e, entre os assuntos de suas conversas, destacavam-se os atentados terroristas, como o ocorrido em 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas, que teria sido o "seu preferido". A informação de que o criminoso teria vínculos diretos com o islamismo, porém, foi posteriormente negada por pessoas próximas a ele e também pela União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil.  Nesta gama de hipóteses levantadas pela mídia, que passa de por suspeitas quanto a relações religiosas apontando para questão Islâmica, poderíamos apontar também para questão Católica, Protestante, Evangélica, Religiões Afros, Satanismo e por ai vai, dependendo da repercussão que quer se dar ao fato, a própria questão do Bullying, quantos jovens promovem encontros pela internet para se digladiarem às vezes causando a morte de outros jovens, alunos que atiram em outros nas salas de aula e em professores que também são mortos dentro das escolas, quantos jovens morrem assassinados pelo trafico diariamente nos morros do Rio de Janeiro e por uso de Crack, quantas meninas e meninos são violentados e jogados na prostituição neste país, quantas crianças morrem diariamente nas emergências dos hospitais públicos sem atendimento medico, quantos morrem antes de completar um ano de vida, quantos morrem nos canaviais de nossa terra Brasiles, afinal de quem é a culpa por fato trágico, do Estado que é ausente de suas responsabilidades com a sociedade, com uma educação de qualidade, de deixar de proporcionar aos jovens uma educação que os prepare para um mercado de trabalho digno, pois vejam este jovem que praticou estes homicídios que se segui de seu suicídio, tinha 23 anos e trabalhava com Auxiliar de Almoxarifado, o que se pode considerar um subemprego, a mídia ávida por noticias sensacionalistas desfilando nas televisões suas certezas definitivas. Todos, sem exceção, nos convidavam a refletir sobre as responsabilidades de cada um de nós, o Estado apático e ausente converge a transformar o ato de insanidade de um jovem que estava tão inserido no sistema arruinado deste Estado quanto qualquer um de nós, em honrarias a um ato de defesa as crianças, do policial militar de uma policia mal aparelhado e mau paga, como os professores, como os trabalhadores neste circulo vicioso de tragédias cotidianas anunciadas. Um dos maiores desastres da civilização contemporânea é a inversão dos valores morais, por subtrair do indivíduo às suas responsabilidades e do Estado seus deveres com os indivíduos. Este rapaz decidiu matar crianças, rapidamente aparece quem esteja interessado em estudar as os fatores e as causas sociais da violência. Esta causa motivo da violência foi à ação do homem, contra o sistema cujo indivíduo, as crianças foram a vitimas. Afinal não somos culpados por produzirmos na sociedade indivíduos que acabaram por cometerem crimes horrendos, mas, temos o dever de cobrar do Estado que em sua apática ausência não se exima de curar as feridas abertas por esta tragédia.
Ademir A. de Oliveira
Diretor de Projetos da ASCCAN/Canoas. RS
Membro do Conselho Municipal do Idoso/ Canoas. RS 

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